sábado, 18 de outubro de 2008

A Guerrilha Ruída

Victor Rocha Nascimento


Em plena era napoleônica, por volta de 1810, tropas francesas lideradas pelo General Loison se sentiam à vontade em território português e causavam novas baixas diariamente ao exercito inimigo. Porém, quando já parecia não haver esperanças, a população portuguesa tomou partido na situação. No momento em que as tropas do general Loison se preparavam para avançar sobre o Porto, foram surpreendidas por civis armados que, mesmo com pouca ou nenhuma experiência de guerra, estavam dispostos a dar suas vidas por um ideal e eram movidos principalmente por seus sentimentos nacionalistas. Passados três dias, as tropas de Loison foram obrigadas a recuar. Neste momento estes camponeses passavam a se denominar Guerrilheiros.


A Guerrilha tem um estilo de combate pouco convencional, onde seus praticantes são voluntários e se caracterizam nos campos de batalha, principalmente, pelo seu conhecimento territorial, o que os leva a ter melhor mobilidade e poder de ocultação. Inicialmente, grupos guerrilheiros se formam por comoções populares, sem vínculos com órgãos ou forças regionais, porém, na história, diversas formas de pacto foram criadas por interesses comuns ou motivo de força maior.
Hoje encontramos novas versões de guerrilha e, com estas, visões deturpadas do conceito real da palavra, sendo às vezes até comparada ao terrorismo. Organizações como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que se auto-proclamam “Exército do Povo” e se aproveitam deste nome para atribuir nobreza aos seus conflitos. Este grupo, formado em 1964 pelo partido comunista colombiano, já na década de 1980 se afiliava ao tráfico de drogas, o que levou o elo entre movimento e o partido a se romper.
O movimento das FARC se resume em recrutamento de novos membros, ainda em sua menoridade; pregação de uma interpretação própria dos pensamentos socialistas e, quase sempre, o uso de violência para reivindicações contra o estado. O fato que acaba por distanciá-los da guerrilha convencional é o de terem perdido o foco. Deixaram de lado a luta pelos direitos populares e passarem a brigar pelo próprio movimento e, em um país onde eles têm certa liberdade para se expressar, procuram impor seus pensamentos a partir das armas.


As pessoas se acostumaram com notícias sobre estas “guerrilhas” atuais e se e passaram a basear apenas nelas para criar seus conceitos sobre as mesmas. Agora são poucos os que se recordam sobre o que a palavra guerrilha já representou em diferentes épocas e para diferentes povos. Um dos fatos mais recentes e marcantes foi o da guerrilha cubana, onde grandes nomes como Fidel Castro e Che Guevara (foto: da esquerda para a direita reespectivamente) lideravam um grupo armado contra o governo ditatorial de Fulgencio Baptista que praticamente escravizava o povo, que trabalhava de forma exaustiva e tinham como recompensa o mínimo que os pudesse manter vivos. Os lucros do país, que teve sua economia muito elevada, se rendiam totalmente ao lazer de turistas norte-americanos e os mesmos controlavam cerca de 70% da produção açucareira, além da infra-estrutura do país. Na época, Cuba era comumente chamada de “quintal dos Estados Unidos” e o povo local vivia em miséria, sem escolas nem hospitais a sua disposição. Sabendo que em uma luta contra seu próprio país ninguém velaria por eles, tiveram que tomar uma atitude. Então, em 1953, formaram o movimento 26 de julho, que, unido com um grupo armado liderado por Fidel Castro, não só lutava contra os abusos do governo e para instaurar o socialismo, como também se preocupavam em dar auxilio e estudo ao povo. Um dos critérios para participar do grupo armado, por exemplo, era freqüentar aulas, muitas vezes dadas pelo próprio Che. Segundo ele o povo não poderia entender os princípios da revolução sem estudo, e, não os entendendo, não teriam porque lutar por eles.
Em 1959, então, o grupo de guerrilheiros derrubou Baptista, instauraram um novo governo e se tornaram o único país a resistir dentro de um regime socialista de forma tão fiel e estruturada, suportando até mesmo a queda da URSS. Eles foram vistos como heróis por todo o povo cubano, e, pelo próprio povo, Fidel foi chamado para ser o novo presidente do país.


No Brasil a guerrilha também esteve presente, assim como na argentina e na maioria dos países latinos. Ela era vista como uma resposta à altura para os governos autoritários, em um momento onde outros tipos de protesto ou oposição não tinham efeito, pelo contrário, estimulavam o governo a ser ainda mais violento. Pessoas pouco acomodadas com a situação do país, principalmente estudantes, professores e artistas, que se opunham à ditadura e viam seus direitos velados pelo governo, procuravam formas de se libertar, primeiramente com atos pacíficos, porém, não tinham êxito. Diante deste beco, sendo torturados e tendo amigos mortos a cada dia, parte da população passava a encontrar na violência a única forma de se manter firme na luta por sua liberdade.
Carlos Lamarca (foto) foi um dos grandes nomes da guerrilha brasileira. Ele era capitão do exército nacional em 1967, plena ditadura militar. Após se comover pela luta contra o governo, passou a desviar armamentos do próprio exercito para os guerrilheiros. Quando sua traição ao estado foi descoberta, em 69, desertou do exercito e se uniu completamente à guerrilha, deixando para trás suas esposa e seus dois filhos. Ele não só participava do grupo da Vanguarda Popular Revolucionária, aonde chegou a fazer assaltos a banco e até a seqüestrar embaixadores a fim de trocar pela liberdade de presos políticos, como também treinou diversos voluntários e os liderou taticamente no campo de batalha. No fim de sua vida estava à frente de uma “revolução no campo”, no Agreste baiano. Ele foi caçado por vários dias e, quando foi finalmente encontrado, morreu fuzilado, cercado por soldados do governo.

As guerrilhas sempre tiveram forte influencia no desfeche de conflitos políticos, tanto internos quanto internacionais. Os conhecimentos geográficos e, muitas vezes, o apoio popular que recebem os guerrilheiros, fazem com que estes grupos estejam sempre um passo à frente. Desta forma foi possível que guerrilheiros, mesmo em menor quantidade e com pouco treinamento, desbancassem grandes exércitos. Eles podem ser facilmente comparados com as tropas napoleônicas, onde visam muito mais a eficácia das táticas e apostam forte em suas vantagens primárias, mesmo que pequenas. Estes pensamentos fazem da idéia de que o maior exército é sempre o que vence a guerra, ultrapassada.
Os grupos guerrilheiros, entretanto, se fazem cada vez menos necessários e, por isto também, não temos muitas notícias destes. Até mesmo as táticas guerrilheiras se converteram, adaptaram-se ao novo mundo. Elas se aplicam em guerras civis, como encontramos em diversas partes da áfrica, por exemplo, ou em um pensamento mais profundo, isto se reflete nas favelas brasileiras, onde traficantes dominam seus territórios com noção geográfica impecável e apoio local. Porém num mundo onde não se ganham territórios nem se derrubam governos em campos de guerra, mas sim em assinaturas no meio de reuniões, as palavras e táticas têm seus sentidos facilmente trocados. O que hoje é sinônimo de rebeldia sem causa ou terrorismo, um dia foi sinônimo de heroísmo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Presidente de Honduras afirma que a melhor forma de combater as drogas é com a legalidade.

Victor Rocha Nascimento

A reunião de instituições anti-tráfico de drogas, realizada por representantes das América Latina e do caribe, teve hoje sua sede em Honduras. Nesta situação, o presidente do país fez com que a discussão se tornasse mais intensa ao declarar que acredita que a solução para o tráfico pode ser a legalização das drogas.
Manuel Zelaya (foto) expôs seu pensamento para os participantes da reunião apostando em uma medida polêmica para o controle do tráfico de drogas. Segundo ele, seria o método mais eficaz e rápido para controlar a violência.
"O consumidor de drogas é doente, e sua doença tem cura. É por isso que, em vez de perseguir traficantes de droga, as sociedades deveriam investir esses recursos na educação do paciente viciado, visando baixar seu consumo e seus vícios", afirmou dando início à reunião.
Ele seguiu sugerindo que fossem estabelecidos mecanismos para que se estudasse a legalidade de todo o tipo de drogas e que esta seria a solução óbvia para o problema, "mas o mundo ainda não quer reconhecer".
Segundo Zelaya, as drogas continuarão causando a morte de inocentes enquanto elas forem fruto de uma negociata do tráfico ilícito, formado por gângster que corrompem nossa sociedade.

Mesmo com toda a explicação, a idéia não foi bem aceita. O presidente da comissão sobre Segurança e Narcotráfico do congresso, Rodolfo Zelaya, rejeitou decididamente a proposta.
"Estou muito confuso e assustado com o que disse o presidente hondurenho", expressou Rodolfo, pouco tempo depois, na mesma reunião.
O evento, que é patrocinado pela ONU, vai acontecer até sexta-feira e visa reforçar o intercâmbio de informações entre as nações do continente para combater o tráfico e criar novos métodos para reduzir as demandas de fornecimento de drogas.
A idéia de Manuel Zelaya não é uma novidade. Por anos o assunto vem sendo discutido, mas a proposta de legalização nunca teve grandes riscos de ser aceita. Normalmente ela é vista como um "absurdo" pelos organismos de caráter nacional, o que não ocorre tão constantemente na opinião popular, onde a pretensão pela legalização vem ganhando espaço.
Foram criados vários projetos e movimentos sociais que partem dessa idéia. Um deles pode receber uma maior atenção pela proporção e organização. A "Marcha mundial da maconha" reivindica por anos a legalização do consumo e plantio da erva. A próxima atuação deste movimento popular está marcada para o dia 4 de maio do ano que vêm e, com passeatas por diferentes pontos do globo, pretende comover o mundo inteiro pela causa.

Em 2005, o relatório da ONU sobre apontou a renda da produção mundial no mercado ilícito de drogas em cerca de 13 bilhões de dólares. A soma dos preços de mercado beirava os 95 bilhões e levando em conta a cultura e plantio, mais de 1 trilhão.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

ONU aponta o continente americano como foco no problema das drogas


Victor Rocha Nascimento


A Onu anunciou, em uma conferencia esta semana, que as Américas produzem e consomem a maior parte dos entorpecentes do mundo. Segundo Antonio María Costa, o secretário e executivo da Oficina das Nações Unidas, "o problema nasce e termina aqui".
Costa assinalou que tanto a produção quanto o consumo no hemisfério americano é muito grande, como é o caso da cocaína, que quase em sua totalidade é produzida na América do Sul (950 toneladas) e que, na América do Norte, se consome a metade desta quantia.

"As Américas enfrentam o problema mais forte do mundo com relação às drogas, o que pode ser visto a partir dos hectares de plantações, toneladas de produção o valor de mercado ou do número de pessoas mortas por seu consumo'', disse Costa na Primeira Reunião Interamericana de Ministros de Segurança Pública.
Segundo ele, a única forma de conter o narcotráfico e, com este, a violência, seria "atacar" simultaneamente a oferta e o consumo.
O secretário seguiu afirmando que um cuidado especial deve ser tomado com a oferta, onde a prioridade deveria ser uma maior comoção contra o cultivo e processamento das drogas, da mesma forma que deveriam ser mais bem estudadas as rotas de comercio por onde os entorpecentes são transportados. Ele disse ainda que algo deveria ser feito para que as drogas sintéticas fossem altamente reduzidas na América do norte.
Antes de terminar, ele fez um apelo para que os países do continente dêem uma atenção maior para causa e que envolvam mais as autoridades locais, promovendo maior segurança ao povo. alguns progressos em matéria de controle de fornecimento. Há uma década eram registrados 200.000 hectares de plantações de cocaína, o que hoje já passou para 150.000 hectares, e entre 1996 e 2006 as apreensões mundiais aumentaram 30% para 50%, porém ainda falta muito para que se tenha tranqüilidade quanto a este assunto.

Falar dos problemas de tráfico e consumo de drogas já parecia banal, mas agora volta a ser um dos pontos altos das discussões de estado americanas, e, mais do que apelos e pedidos, são necessários métodos para que se chegue a uma solução.
Segundo o advogado Nilo Batista, "a descontração do assunto 'drogas' parte de rompermos o discurso moral que o ronda. Quando incorporamos a idéia de 'cruzada' contra os entorpecentes, introduzindo a combinação de elementos morais e religiosos, estaremos exigindo ações sem limites reais." Ou seja, para chegarmos a uma solução, antes de tudo deveríamos tratar do assunto de forma mais criteriosa e política e não moralista.
Os ministros e representantes de 34 nações do continente concluíram ontem a reunião sobre a segurança pública da OEA, onde esperam chegar a mecanismos para melhorar as formas de combate à criminalidade e ao narcotráfico. A organização já adverte que o problema tornou-se uma “epidemia’’ mais mortal Aids, causando mais de 100.000 mortes por ano.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O fim do primeiro turno revela fatos intrigantes das eleições por todo o país.

Victor Rocha Nascimento

Terminadas as votações do primeiro turno em todo o país, fatos interessantes foram constatados. Candidatos que erraram seus próprios números e outros que usaram de táticas excêntricas para tentar a candidatura tiveram o veredicto de suas tentativas de campanha.


Em geral os candidatos que apostaram em nomes incomuns para suas candidaturas não tiveram sucesso. Seis candidatos, de diferentes municípios se inscreveram nas urnas com o nome de "Bin Laden" e nenhum destes foi eleito. O que chegou mais próximo foi Teófilo Otoni, em Minas Gerais, que obteve 55 votos e o pior entre eles recebeu somente 5. O Candidato de Santo Antônio de Pádua (RJ), que usou o nome "Burro" também não conseguiu ser eleito, recebendo apenas 38 votos.
Deodata Pereira Borges se cadastrou com o nome de "Mamãe" para concorrer ao cargo de vereadora do município de Feira de Santana, na Bahia, filiada ao DEM. Ela foi a candidata registrada com maior idade em todo o país, com 103 anos. Recebendo143 votos, não obteve sucesso em ingressar no novo cargo, onde o candidato eleito de pior colocação foi 3.812 vezes votado.


Alguns nomes ilústres também não tiveram grande sucesso. Gretchen, Rita Cadillac e alguns ex participantes do programa Big Brother Brasil não conseguiram ser eleitos. Porém, o cantor Frank Aguiar (PTB) chegou no segundo turno em São Bernardo do Campo como vice na chapa de Luiz Marinho. O ator Stepan Nercessian (PPS) foi reeleito no Rio. Com 50.532 votos, foi o terceiro mais bem votado e vai ocupar mais uma vez um lugar na camara. A mesma colocação obteve o jogador de futebol Túlio (PMDB), ex-atacante da seleção brasileira, que recebeu 10.401 votos em Goiânia.


O descuido com os números também teve frutos, foi o caso de uma das candidatas a vereadora para o município de Pejuçara, cidade a 360km de Porto Alegre, que se confundiu com os dígitos de sua candidatura. A professora aposentada, Cinara Salles Mioso, de 53 anos, passou toda a fase campanha fazendo a promoção de um numero errado, com dois dígitos trocados. Seu numero correto seria 13.612, porém anunciou por toda a cidade o numero 13.162. A aposentada tentou se redimir correndo atrás de alguma ação da justiça eleitoral, porém não houve nada que pudesse ser feito. A candidata terminou o período de eleição com apenas 6 votos.
Porém, mesmo que improvável, Cinara teria chances de ser eleita com o numero errado. Foi o caso do agricultor João Buzo, candidato a vereador da cidade de Gabriel Monteiro (SP). Buzo a fez toda a campanha eleitoral de forma equivocada. Ele confundiu o tempo e utilizou o numero de candidatura da eleição passada. Mesmo assim recebeu 144 votos, o que o levou a ocupar um lugar na Câmara Municipal. O agricultor ainda teria a chances de arrumar o problema a tempo, no início de agosto, mas faltou na audiência de comprovação de fotos e dados realizada no cartório eleitoral. Por sorte, isso não fez com que sua eleição se perdesse.

No município de Dom Cavati, Minas Gerais, as eleições para prefeito, de foram extraordinária, empataram. Segundo a legislação eleitoral, em caso de empate o candidato mais velho é declarado vencedor. Desta forma, Jair Vieira (DEM), se tornou o novo prefeito da cidade com 1.919 votos, o mesmo numero de Pedro Euzébio Sobrinho, do PT.


A Boca-de-urna também foi um grande problema este ano. Só na cidade de São Paulo mais de 100 pessoas foram detidas por serem flagradas praticando a boca-de-urna ou a panfletagem em período de votações. O Candidato à reeleição em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, Luiz Carlos Ramos (PSDB), foi preso pelo mesmo motivo. Ele foi acusado por apoiar seu chapéu no carro. De acordo com o chefe de fiscalização de propaganda eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Fernando Santa Brígida, o chapéu preto é a marca da campanha do vereador, desta forma ele estaria fazendo menção à mesma ao expor o seu chapéu.
O Vereador alegou que estava apoiando inocentemente seu chapéu no carro quando foi abordado pela juíza eleitoral. Luiz Ramos foi até a 35ª DP de seu município e prestou depoimento, mas não foi detido por muito tempo. Ele foi liberado por volta das 16h30 por não haverem provas como panfletos de propaganda no interior do veículo.
De acordo com o TRE, a pena para propaganda de boca-de-urna é de seis meses a um ano, porém em alguns lugares a forma de punição está se inovando. Em São Leopoldo(RS), por exemplo, dez pessoas foram flagradas na prática da boca-de-urna e tiveram como punição o dever de limpar o quartel da Brigada Militar da cidade. Desta forma, em apenas uma tarde de trabalhos físicos, ficaram quites com a justiça.
Falta pouco para todo o país ter os votos apurados e em 26 de outubro terão inicio as votações para o segundo turno.

sábado, 4 de outubro de 2008

A moda da "Roda" toma conta das universidades do Rio de Janeiro

Victor Rocha Nascimento

Vem tomando espaço nas principais universidades do estado do Rio de Janeiro uma antiga brincadeira envolvendo perda e ganho de dinheiro fácil. A Roda da Fortuna causa uma grande euforia com a promessa de multiplicar até em oito vezes o dinheiro dos participantes, porém, a brincadeira sempre acaba por prejudicar grande parte deles.

O jogo inicia-se com uma pessoa (ponta) que convida outras duas de sua confiança e que convidam mais duas pessoas e assim sucessivamente. À medida que o numero de jogadores aumenta e chegam a quarta rodada ( 15 participantes), uma certa quantia de dinheiro, previamente combinada, dos recém chegados é transferida ao fundador do jogo. Depois disto, a cada rodada, os níveis inferiores recebem a mesma quantia de uma nova base que se forma, já que o numero de participantes dela sempre dobrará.

Cada convidado, para participar, deve chamar mais dois que invistam a mesma quantia, o que faria o jogo se tornar interminável. Porém isso se torna impossível no momento em que os novos jogadores não conseguem cumprir a promessa de trazer outros e a "roda quebra". Neste momento os últimos a entrar no jogo não têm como receber o dinheiro prometido e acabam tendo prejuízo.

Esquema em Pirâmide



“A questão é saber quando entrar. É complicado saber em que rodada está, mas você tem que entrar quanto tiver certeza que ainda vai demorar para quebrar, se não tiver é melhor não participar, ou você só vai perder dinheiro.” comenta um estudante da PUC-Rio, que preferiu não se identificar.
Este mesmo método de dinheiro fácil já foi capaz de ruir com as estruturas da Albania e, por pouco, não derrubou o governo do país no ano de 1997. Mais de 15% da população aderiu a movimentações financeiras conhecidas como "esquemas em pirâmide" ou "correntes". Os cidadãos eram incentivados a investir o que seus salários em fundos que resultariam em lucros inacreditáveis. Quando os fundos para investimentos acabaram, os cidadãos perderam seu dinheiro e a multidão se rebelou contra o governo.

Já é matematicamente comprovado que o esquema da Roda da Fortuna é impossível de dar certo e que não tem como durar por muito tempo. Na rodada de numero 24, a roda já contaria com 25.165.819 participantes, o que corresponde a mais do que a população do Rio de Janeiro. Além de grandes prejuízos que o jogo pode causar para os integrantes da base no momento em que a roda quebra, ele é um perigo constante, também, para o criador da brincadeira. No momento em que uma pessoa toma o dinheiro de outra com uma promessa de retorno e sabe que o jogo é fadado ao fracasso, está cometendo crime de estelionato.

"Acho que é a típica bola de neve dos jogos de azar. Alguém sempre sai perdendo. A roda aumenta exponencialmente e, mesmo que nunca quebrasse, acabariam as pessoas que poderiam jogar. Acho que é velha história da ilusão do dinheiro fácil através de jogos. Pelo que me parece é um jogo viciante e perigoso.", afirma a estudante de comunicação Jessica Cezar, que já foi por vezes convidada à entrar para a roda.

A pratica da Roda da Fortuna pode ser apenas um modismo, porém deve ser controlado já que poderá resultar em grandes problemas, principalmente para seus próprios participantes.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O projeto para a formação de um "novo Big Bang" inicia bem e promete uma revolução científica

Victor Rocha Nascimento


Um experimento inédito, na fronteira da França com a Suíça, que tenta recriar o Big Bang, poderá provar que todas as cosias do universo são compostas por massa e ainda servirá para a investigação da existência outras dimensões espaciais alem das três conhecidas.
O LHC (Grande Colisor de Hádrons) é um acelerador de partículas que terá a função de recriar os efeitos causados pelo Big Bang afim de investigas a criação do universo. A Máquina, que levou 20 anos e mais de 30 bilhões de euros para ser feita parece estar perto de dar resultados.
Muitos tinham medo de que os testes desta máquina levassem à construção de um buraco negro na terra ocasionando o fim do mundo, porém nos primeiros testes nada disso aconteceu e segundo os cientistas responsáveis, nunca ocorrerá.
O invento consiste em um anel de 26.259 metros de circunferência que é resfriado a -271ºC, onde, por meio de imãs, os cientistas conseguem fazer com que prótons (cargas positivas que compões os átomos) correm através de toda a circunferência acelerados muito próximos à velocidade da luz. Cada carga corre para um sentido diferente e ao colidirem uns com os outros criando princípios de partículas elementares. Para que ocorra o processo, cerca de 200MWts por hora, ou seja, o mesmo que é utilizado para abastecer uma cidade como Curitiba, o que não seria uma grande perde já que os resultados das pesquisas proporcionadas por ele poderiam gerar a formação de novas partículas, que até hoje só existem na teoria. O Projeto então seria uma das maiores revoluções cientificas, se não a maior, pelas quais o mundo já passou.
Alguns crêem que o homem está se metendo com coisas que não deveria e que se continuarem as pesquisas o mundo sofrerá com suas conseqüências, este é o caso de alguns seguimentos religiosos e dos seguidores da Teoria da Destruição do Universo. Para os cientistas é o início de uma nova era global. Nos resta esperar o melhor do futuro e que se resolva este nosso destino errante.





quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Conflitos Bolivianos se intensificam e o destino do país segue incerto.

Victor Rocha Nascimento

Na medida em ocorrem conflitos entre o presidente Evo Morales e a oposição, o futuro da Bolívia se torna cada vez menos previsível . As exportações de gás natural já foram diversas vezes prejudicadas por este conflito que ocorre próximo ás áreas onde se instalam os gaseodutos do país.
Os problemas tiveram início quando o presidente boliviano obteve a vitória no revogatório de 10 de agosto deste ano. Tendo seu mandato elevado, Morales viu seus oposicionistas intensificarem os movimentos contra o governo.
Os opositores das regiões mais ricas do país como Pando, Tarija e Santa Cruz, iniciaram intensos protestos onde passaram a exigir a devolução de uma porcentagem dos impostos cobrados, que haveriam sido usados pelo governo para financiar um programa de previdência social. Outra reivindicação é a autonomia na administração estadual, que foi votada e aprovada no início do ano, mas que não foi efetuada.
Os opositores também mostraram sua opinião de maneira veemente sobre a idéia da nova constituição estatizante a qual foi aprovada sem a presença dos mesmos. Em 25 de novembro do ano passado, enquanto a assembléia constituinte votava a favor do projeto, houve mortos e feridos em um confronto contra a polícia, onde opositores reclamavam o direito de participar da votação.
A partir disto parece ter se criado um ciclo. Várias vezes a oposição e o governo entraram em confrontos que causaram feridos e mortos para ambos os lados.
Em setembro deste ano, manifestantes em meio a um protesto anti-Morales fizeram ataques aos gasodutos em Santa Cruz, o que fez com que as exportações para Brasil e Argentina fossem interrompidas. O governo brasileiro chegou a se colocar à disposição para intervir e ajudar o país boliviano afim de que não ocorressem maiores problemas na exportação ainda que o Brasil tivesse que negociar com ambas as partes, mas Evo Morales tentou acalmar a situação afirmando que os conflitos internos em seu país não afetariam o fornecimento de gás para o Brasil. Contudo o Brasil chegou a receber apenas metade do gás que vinha obtendo da Bolívia. O gasoduto que tinha sua produção totalmente voltada para o Brasil foi sabotado gerando a interrupção total de sua produção, sendo que a indústria paulista e parte dos veículos do sudeste brasileiro são dependentes deste gás, o que fez com que planos de contingência estatal fossem reforçados. Pouco tempo depois a divisa do Brasil com a Bolívia foi fechada pelos opositores que chegaram a interromper até mesmo as ligações ferroviárias e quando reabriram cerca de 7mil brasileiros chegam a deixar a cidade de Santa Cruz por medo da situação violenta que se passava.
Sem maiores problemas, o governo boliviano conseguiu retomar os gaseodutos, reforçando a exportação priemeiaramente para a Argentina e pouco depois para o Brasil, ainda assim Morales se irritou de tal forma que chegou a expulsar o embaixador estadunidense do país, alegando que o mesmo incentivava os protestos.
Recentemente o presidente da Bolívia acusou “pequenos grupos conservadores” de planejar “um golpe civil” contra seu governo. No seu discurso perante a Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Morales afirmou que os países da América Latina e da Europa se voltaram contra este tal "golpe civil", mas os Estados Unidos não condenaram estes “atos de terrorismo" que, segundo ele, cometeu a oposição. Pelo contrário, apoiáramos opositores, o que era inadmissível.
Ao acalmarem os humores de ambas as partes, a oposição iniciava as negociações para o fim dos conflitos onde expunha as reenvidicações dos camponeses e organizações sociais aos entornos da cidade de Santa Cruz, epicentro da oposição. O governo fez questão de deixar claro que não mudarão “nem uma vírgula” do projeto que foi aprovado pela Assembléia Constituinte no ano passado. A oposição afirmou que iria continuar a negociar a autonomia na administração estadual e distribuição dos recursos de hidrocarbonetos como tentativa de superar as diferenças. Porém, a oposição cancelou hoje as negociações. Eles alegaram que a prisão que ocorreu a um de seus líderes cívicos foi “radical” e acusaram o governo de querer o fracasso das negociações, já que estava “descumprido com o combinado”. O governo rejeitou o argumento afirmando que a prisão foi efetuada por um órgão judicial e passou a acusar a oposição de tentar se aproveitar da situação para encobrir o delito.
A decisão os levou a quase romper o diálogo e reacendeu acusações mútuas entre governo e oposição. Tornou-se impossível até agora um consenso para a saída da crise política.
As cosias que pareciam estar se resolvendo agora estão se complicando ainda mais. Não se pode saber até quando esta rixa irá durar e nem até que ponto as cosias podem chegar, mas de certo este conflito marcará a tão comentada formação do “neo-socialismo” boliviano, que poderá ser concretizada a partir da nova constituição que está para ser decidida em um acordo de Morales e a oposição.
Com o futuro incerto da Bolívia, o Brasil terá que encotrar novas opções para assegurar este importante demanda de energia e se previnir para que não ocorram fatos semelhantes onde o governo brasileiro seria pego de surpresa.

Assassinato na Colômbia se torna estopim para movimentos a favor da sentença de morte.

Victor Rocha Nascimento

O assassinato do bebê Luis Santiago, na Colômbia, comove o povo do país e reforça o pensamento de que as punições legislativas não são suficientes. Movimentos são formados para reivindicar a lei de pena de morte para assassinos e pedófilos.
No início acreditava-se que a morte de Luis Santiago, de 11 meses, havia sido causada por um descuido alimentar, porém os investigadores chegaram à conclusão de uma morte proposital, causada pelo próprio pai do menino que o via como um problema dentro de seu caso amoroso.
Orlando Pelayo Rincón, 50 anos, acreditava que para manter seu romance teria que esconder seu filho de sua nova namorada. Percebendo que ela já desconfiava que houvesse uma criança sendo escondida, Orlando se viu convencido a se desfazer de seu filho. Poucos eram capazes de imaginar que poderia ocorrer uma atitude tão desumana e covarde.
Este caso emocionou todo o país e até mesmo o presidente Álvaro Uribe se indignou, classificando o fato ocorrido como "atroz" e disse que coisas assim são um afronte a todo o país, porém o presidente faz questão de afirmar que é contra quaisquer tipos de movimentos que lutam pela aceitação da pena de morte.
O impacto foi de tamanha repercussão que a população já parece decidida a não voltar atrás. cada instante novos pedidos e protestos são feitos visando a criação da lei de pena de morte ou no mínimo prisão perpetua para este tipo de situação.
O fato despertou na memória do povo o caso de Luis Alfredo Garavito, um assassino serial que abusou e matou 176 crianças entre os 6 e 16 anos. Se somarmos todos estes crimes, resultaria em mais de 1000 anos de prisão, porém a pena máxima no país é de 40 anos, na Colômbia não ocorre acumulo de sentenças e de acordo com que o sentenciado colabora na recuperação dos corpos e tem boa conduta a sentença é drasticamente reduzida. Ao ser capturado, Garavito teve sua sentença rebaixada a 11 anos.
Estes episódios fazem com que o povo colombiano se sinta injustiçado e no momento em que a morte do pequeno Luis Santiago foi confirmada, a redação do jornal El Tiempo foi bombardeada por pedidos pela punição com pena de morte e prisão perpétua para casos envolvendo crianças. Cerca de 1000 e-mail foram recebidos, todos muito semelhantes e com o interesse comum de criar esta nova lei. [>matéria<]
Este fato se assemelha muito com o fato ocorrido no Brasil a cerca de um ano e meio na capital do Rio de Janeiro. O menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, morto após ter sido arrastado por sete quilômetros, comoveu todo o país que ainda hoje se comove e se sente indignado, rendendo pedidos de punições mais severas aos crimes cometidos no país.
No caso Brasileiro, um dos criminosos era menor de idade e isto levou a maioridade penal a ser reduzida para os 16 anos, porém quando tragédias desta proporção acorrem muitos se perguntam se a opção de uma sentença de morte seria a melhor saída. Com tudo isto o Brasil pode ver que não está sozinho neste dilema e podemos avaliar junto com outros países o que seria de real eficácia para que se evite novos incidentes parecidos com estes.