domingo, 26 de abril de 2009

Uma doença que vem na hora certa

Victor Rocha Nascimento

Apesar de ainda estarmos na primeira metade do ano de 2009, o país já se comove com as eleições presidenciais de 2010. Cada novela que se desenvolve no senado e cada nova declaração do presidente deve ser analisada como potencial perda ou ganha de votos na eleição que se aproxima. Sabendo disso, é dada a largada para a corrida de projetos de ultima hora.

Já que a memória do povo brasileiro é notoriamente curta, essa medida é unânime. Todos os lados evidenciam fatos para se enaltecer ou denegrir a imagem do adversário nos momentos que precedem as votações.
Em meio a essa briga acirrada, ouvimos ontem a declaração da Ministra Dilma Rousseff, apontada pelo atual presidente como sua sucessora, onde ela afirma ser portadora de um câncer linfático. Declaração esta, que não chegou a ser nenhuma novidade dentre os bastidores jornalísticos e que foi feita quase sobre pressão, mas é claro, feita da melhor maneira e na melhor hora.

Uma declaração deste nível, que pode abalar todo um projeto de campanha, e em um momento tão delicado para a política, o qual estamos passando, não é, de forma alguma, esporádica. A ministra, juntamente ao seu partido, escolheu o momento para tal notícia com a pretensão de um impacto direto às urnas. E independentemente de quais frutos esta notícia terá, a ministra somente soltou imaginando conseqüências positivas para seu governo.

Culturalmente nosso povo tende a ter pena dos menos favorecidos, talvez pelo fato da maioria dele se reconhecer neste grupo. A notícia de que uma candidata à presidência passa por um problema de riscos vitais causará grande comoção, sobretudo tudo se ela sair com glória de mais esta “batalha”, o que, para quem conhece o este tipo de câncer, não é muito difícil. Não vamos julgar se a doença da ministra é verdadeira ou falsa, mas sua necessidade de informá-la ao povo, a esta altura, não passa de uma jogada de apelo sentimental para coletar mais votos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cinnamon Darkness

Victor Rocha Nascimento e Lucas Abrantes Soares

take a look inside your mind
just see what you've lost
and try to find
you are a hypocrite girl
of what succumbed
I kiss your lips
like an open gun

The pain that rips
through your lungs
fills the vacuum
of your heart

we can't understand
what life is to become
'cause we don't know
what we'll carve
so please don't go

what to change? who's the enemy?
I just don't know if this is a dream or pure suffering
now you gasp for what's forgotten
Get away from all the pain
like two forces are trying to brake you
you make me care for what's in vain

Wanna be an anchor
Wanna be inert
Wanna be your blood, dripping from your skirt

Your sweet voice of endless rain, form the royalty of your creeping roar
In all your stupidity in losing my love
I sit, I crawl, I tear my chords

terça-feira, 7 de abril de 2009

40 anos do AI-5

Matéria do Estado de São Paulo

Especial com fotos, depoimentos e a íntegra da reunião que criou o AI-5 e lançou o Brasil em uma era de autoritarismo, violência e intolerância. Documento histórico.

clique na imagem para ver


Por Carlos Marchi


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Brasil irá emprestar ao FMI, afirma Lula

Victor Rocha Nascimento


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que emprestará dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Desta forma, segundo ele, entrará para a história como primeiro presidente do qual o governo foi capaz deste feito. Esta declaração foi dita ontem, em entrevista após a reunião do G-20 (Grupo dos países desenvolvidos e emergentes).

De acordo com o presidente, o empréstimo já está certo e o Brasil se tornará, pela primeira vez, um credor. Falta apenas decidir com quanto o Brasil irá participar. Porém, é necessária uma análise detalhada do mecanismo para que a ação não chegue a comprometer as reservas nacionais. Segundo o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estava com o presidente Lula na entrevista, o país decidirá nos próximos dias o valor previsto do empréstimo ao FMI.

O empréstimo será feito para contribuir com o projeto do G-20 que destinará um pacote de U$S 1,1 trilhão para os países afetados pela crise financeira. Desse total, U$S 750 bilhões serão destinados a países em desenvolvimento e aos emergentes que sofrem com a falta de crédito. Outros U$S 250 bilhões serão empregados em financiamentos para estimular o comércio exterior. Uma reserva extra, de U$S 100 bilhões, está prevista para socorrer as economias de países mais pobres.

A participação do Brasil neste fundo implicará em um maior poder de veto e voto dentro do FMI. Lula não chegou a comentar isso na entrevista, embora o fato venha sendo discutido dentro do governo.

Países como Japão, China e Canadá já anunciaram os valores de seus empréstimos ao fundo internacional. O Japão disponibilizará U$S 100 bilhões, a China entrará com U$S 40 bilhões e o Canadá com U$S 10 bilhões.