sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Queremos Post!"

Victor Rocha Nascimento

Os tempos não são dos melhores para postar. Sobre tudo depois de escrever um texto imenso em "O rei do 1307" e perder a bosta toda...

Mari, como sempre, anda me cobrando muito, e agora deu para fazer desenhos de protesto... tsc tsc

"fiz um apelo tipo propaganda de pobre :)"
"eu e o resto do mundo queremos
você contrariando tanta gente... tsc" (Mari Velloso, no msn)


Ahhh... Ela faz outro desenho também... Que seria eu! =D

"*não é sacanagem, eu só não sei desenhar!
*vou explicar.
*as cores são péssimas
*mas era pra você ter a carinha tricolor
*tipo só o vermelho, grená, seja lá o que for, verde e branco no rosto
*sabe aquelas "esse tem cara de tricolor!"? então, hahaha
*e os seus olhinhos rindo todos "^^"
*e você dando tchauzinho, porque é um fofo simpático!" (Mari Velloso, no msn, outra vez)

Nessa pensei que tava tomando um soco...

"essa sou eu
apertando sua bochecha
e desenhando com pressa tbm
é, parece mais mesmo!
a simetria dos meus braços tá tipo... perfeita" (Mari Velloso, em mais uma obra prima)


Pois bem, lamento, mas só devo voltar a postar nas férias.
Perdão Mari e perdão suposto mundo! hahaha
Por hora, fiquem com os belos e simpáticos desenhos desta guria fofa! Até!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aos comuns covardes de epidemia

Victor Rocha Nascimento


Fujo é por causa da garoa. Fujo por causa dela.
A realidade coberta de relva. Realidade engraçada. Me intriga que seja tão bela quanto o sonho e tão diferente quanto a sinceridade. Me intriga sua graça e seu ledo. Me alegra sua simplicidade e me divertem suas ironias.
É o sonho que comanda o meu humor e uso a boa-velha realidade como válvula de escape.

Sociedade cretina e displicente que deixou voar o mapa enquanto abaixava para atar os sapatos. Povo azedo, incompleto e hipócrita. Povo burro e confuso. Temo que ainda falte muito ou que já não tenha mais volta.
Covardes da carne!
Não se acham, tampouco escondem os vacilos da verdade.
Covardes! Se debilitam no que julgam e se esquivam da maldade.
Covardes estes que temem e que mentem. Estes que temem mentir por falta de liberdade e por medo de consequencias.
Covardes os que aceitam, os que só se ajeitam, os que comem, vomitam e roubam.
Já passou o tempo de se redimir e crescer; o tempo de ser gente, de virar homem, de se tornar forte e de sofrer.
O tal bicho evoluiu para uma coisa estranha, de pouco sentido e serventia.
É o comodismo pai da bastarda covardia e é ela quem emprenha da maldade.
É fraqueza, carência, silencio e rebeldia. Consentimento e prevenção.
Já virou rotina, já é concreto. É padrão.
Do homem nasceu o covarde e o que resta é regressão.
Bem aventurados os que se perderam no caminho da perfeição. Os que tropeçaram nas margens da sociedade, caíram para fora, não evoluíram para essa fragilidade.
Bem aventurados os que insistem em existir. Os que teimam em viver. Os que lutam para passar.
A estes, é destinada a vida e vida plena. Também destinado o sofrimento e o açoitamento de peças viradas, sem encaixe.
Bem aventurados os retardados, que não se conformam e não se corromperam da realidade. Os que não se acovardam por simples vaidade.
Já se esqueceu o quanto é bom banalizar o amor; de como é bom amar de fato, e amar, amar e amar. Esqueceu o que importa e sobre como se edificar.
O mundo é dominado por almas mortas e corpos podres, sedentos de atenção e carentes de sentido. O mundo evoluiu na inteligência dos covardes, e nós, idiotas (simplesmente), ficamos para trás.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Chorinho e mel

Victor Rocha Nascimento

Tocava o seu chorinho de mansinho, num cantinho, que era, por vias e veias de orgulho, pra não levantar a mínima suspeita.
Escorria dos olhos a melodia. Procurava com a ponta dos dedos o mel, pro dia de sal cortar em doce.
Que fuga mais adequada!
No mel da melodia, o choro se desfaz e a música explode o peito de sentimentos sagrados e desfeitos.
Que união mais perfeita, onde o choro foge da cara e corre pros dedos. O mel sai dos dedos e lambuza a cara. Tudo se endireita.
O tempo passa com back de choro, coberto com a vida e com o que há de viver. Olha, escuta e sente. A vida é namoro e o canto é consolo.
Logo, logo tristeza já é música, o mel encharca o dia e o coração se ajeita pra nova folia.
Toca o choro, bem quietinho, que o tempo te espera. A música é o poema no ar e o poema é sentimento no papel. Respira!
Toca o choro, chora e toca. Toca pra frente a vida. De tanto chorar, a gente acaba tocando melhor.
Se toca! Chora o mel. Mela o dia. Fica no cantinho, só chorando e tocando e ouvindo o choro. Fica no cantinho, bem quietinho, pra depois voltar pro jogo.