segunda-feira, 24 de novembro de 2008

XIV ECIB no combate contra a Dengue

Victor Rocha Nascimento

Encontro científico em Niterói promete palestras e Workshops, divulgando novidades da Biomedicina, e contará com projeto de prevenção à dengue.

Entre os dias 24 e 28 deste mês, a Universidade Federal Fluminense organizará o seu XIV Encontro Científico do Instituto de Biomedicina (ECIB), que ocorre a cada dois anos. Nestes dias, palestras e debates serão feitos sobre novidades científicas. Entre os assuntos, será abordada a prevenção contra dengue.
Só neste ano, 174 pessoas morreram e mais de 18 mil foram atingidas pela doença no estado do Rio de Janeiro, e se aproxima a época do ano de maior risco de contágio. Tendo tipos variados de vírus, a dengue ainda não possui vacina e seu tratamento parte de controle alimentar, remédios e muito repouso. Segundo os cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, principal centro de estudos de pesquisa do país, somente em 2012 estará disponível uma vacina eficaz para os quatro tipos de dengue. Ate lá, o melhor é prevenir. Este é um dos motivadores para as palestras do encontro.
No dia 25, das 12 as 18h, ocorrerá no pátio do Instituto Biomédico a “Oficina de Prevenção e Combate à Dengue”, que será coordenada por Cláudia Uchoa e Hye Chung Kang, ambas professoras e pesquisadoras da UFF. Nela, serão ensinados métodos de prevenção à doença e de controle da proliferação do mosquito transmissor por professores e alunos da faculdade. A oficina vai acontecer no mesmo horário e local, até o fim do evento.

Um dos destaques do programa será o Professor e pesquisador da UFRJ, Maulori Cabral, conhecido por apresentar ao Brasil por vias televisivas, a mais nova arma contra a Dengue. Junto com outros pesquisadores, ele desenvolveu o Mosquitérico, uma armadilha para capturar o Aedes egypt, mosquito transmissor. O professor ensinará o método e dará dicas sobre o assunto em sua palestra.
Os trabalhos de outros pesquisadores, que foram inscritos entre 40/08 e 30/10 pelo site do ECIB e julgados pela comissão organizadora, serão apresentados dentre as oficinas e palestras. Em nível de curiosidade e cultura, estes se mostram muito válidos, mas para os estudantes das áreas médias que apresentarem ou assistirem ao evento, este aprendizado tem outras importâncias. As palestras e mini-cursos poderão ser incluídos em currículo. Isso faz com que a maioria dos participantes, sejam os próprios alunos da faculdade.

Mesmo com boa estrutura, palestrantes qualificados e com 14 edições, o projeto ainda tem seus pontos fracos, que, segundo a aluna Helena Miguens, 19, estudante do quarto período de biomedicina da UFF, o encontro teria que atrair e cativar melhor o público. “A divulgação do evento é grande dentro do campus da universidade, mas fora ainda tem muito a melhorar. Com certeza uma divulgação forte levaria um público mais diversificado ao encontro, mas mesmo assim não acredito chegaria a tanto. Infelizmente muitas pessoas não ligam pra isso e perdemos muito com esta falta de interesse.” Certamente com uma população mais informada, os problemas com a proliferação do mosquito seriam menores.
A Coordenadora do ECIB, Rita Paixão, atenta sobre isso, e informa que o evento procura abrir um espaço para que a saúde possa ser discutida e para que os participantes se atualizem, sendo assim, o evento é importante para todos. “Com essa missão, procuramos diversificar as atividades e oferecemos palestras, cursos e mesas redondas”. Durante toda a semana, cientistas de todo o país estarão reunidos no Instituto Biomédico, uma comoção que deverá render grandes frutos para a saúde do Brasil.

No site do ECIB, pode-se encontrar facilmente mapas para a localização do Instituto e o roteiro dos eventos que irão acontecer. O programa também contará com III Jornada Científica de Biomedicina, o II Workshop de Microbiologia Aplicada e o Fórum dos Comitês de Ética em Pesquisa Animal. O encontro marcará os 40 anos de fundação do Instituto, que abriga alunos de todas as áreas médicas da Universidade Federal Fluminense (UFF).

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