domingo, 29 de março de 2009

The Paper e o compromisso com a verdade.

Victor Rocha Nascimento

Em uma discussão sobre a importância da veracidade de uma notícia publicada em um jornal, a conclusão parece ser óbvia, principalmente se tratando de um grande “furo”. É fundamental que um jornal se baseie sempre na verdade e que tenha noção do impacto social que sua publicação pode causar. Mas, e se em contrapartida, a publicação de uma notícia na ultima hora, com poder de inocentar uma vida, significasse perder milhares de dólares comprometendo todo o tablóide? Esse é um dos dramas vividos por Henry Hackett (Michael Keaton) em The Paper, 1994.


No filme dirigido por Ron Howard, encontramos as dificuldades da rotina de um pequeno jornal de Nova York (The Sun). Numa trama onde um dos principais personagens é o relógio, as decisões têm que ser tomadas quase por impulso. A necessidade de escolhas rápidas e a constante corrida contra o tempo são fundamentais para a dinâmica da história. A partir destas escolhas, o filme também nos leva a refletir sobre nossos valores.


Henry, editor de The Sun, pretende provar a inocência de dois jovens acusados de assassinato e assim ajudar, também, a limpar o nome do jornal. Para isso ele tem que conseguir provas e publicar a matéria antes que as impressoras comessem a rodar. Concomitantemente, o jornalista vive problemas familiares. Sua mulher (Marisa Tomei) está passando por uma gravidez de risco e teme que seu futuro se resuma em ser dona de casa, dedicando sua vida apenas para o marido e filho. Ela passa a cobrar cada vez mais a presença e atenção de Henry. Cabe a ele conciliar tempo para resolver os problemas profissionais e familiares.


O principal conflito de Henry Hackett se dá no momento em que tenta encontrar

declarações que provem à inocência dos acusados e evitar que seja publicada uma notícia que os prejudicaria. A história nos remete ao escândalo ocorrido com o brasileiro Ibsen Pinheiro, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Onze anos depois de ter sido cassado injustamente, veio à tona que um erro jornalístico foi o principal motivo de sua desventura.


Ibsen, em 1992, foi quem comandou a sessão que resultaria no impeachment do ex-presidente Collor, o que foi visto como principal motivo do "erro". Um ano depois, a revista Veja afirmava que a CPI descobrira um desvio de US$ 1 milhão para as contas pessoais de Ibsen. Em novembro de 2003, ao contar os bastidores da reportagem, o Jornalista Luís Costa Pinto, editor da revista na época, confessou o erro e acusou o então assessor de José Dirceu, Waldomiro Diniz, de ter vazado uma “falsa prova”.


Fica clara a importância do tema e o quanto uma notícia jornalística pode influenciar uma pessoa, uma cidade, um estado ou um país. A ética jornalistica preza pela verdade antes de tudo, e que, notícias e afirmações só sejam publicadas com total segurança de sua veracidade. Sabendo-se que um jornal sobrevive de leitores e estes só se dedicam a comprá-lo se confiarem no seu compromisso com informações verdadeiras. Mesmo que prejudique as intenções do jornal e que crie um prejuízo de milhares de dólares, é de vital importância que o próprio lute por uma matéria verídica e justa.


No Filme, Henry consegue as declarações necessárias para inocentar os acusados, mas entra em conflito com a editora administrativa Alicia Clark (Glenn Close) que já havia iniciado a publicação do jornal com uma manchete que os incriminava. Mesmo com as provas de Henry, ela prefere continuar a publicação, já que se desfazer dos jornais impressos remeteria um grande prejuízo. A história se completa com a solução de várias tramas simultâneas e com a impressão da notícia de Henry, pela própria Alicia após um drama de consciência.O que, infelizmente, não é muito comum na vida real.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Taxa Selic volta ao seu menor patamar histórico

Victor Rocha Nascimento

Foi anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a redução de 12,75% para 11,25% da Taxa Selic como resposta para a ameaça de recessão. Este foi seu maior corte desde novembro de 2003.

O Copom chegou à unanimidade e reduziu rapidamente os juros básicos em 1,5%, o que fez com que a Taxa voltasse ao seu menor nível histórico. Ainda assim, as medidas são consideradas um “movimento cauteloso” por analistas, setor produtivo, trabalhadores e lideranças políticas, maiores interessados.

O Banco Central (BC) parte dos juros para controlar a expansão econômica. Quanto maior a redução da Selic, mais viável se torna a obtenção de créditos, o que faz com que os consumidores tenham maior poder de compra. Com mais vendas, a indústria produz mais e assim gera empregos, o que pode reduzir os impactos da crise.

Os principais bancos do país anunciaram redução das taxas máximas de produtos para pessoas física e jurídica logo após o anúncio do Copom. A medida visa repassar a queda da Selic para os clientes do banco que utilizam o empréstimo pessoal parcelado e o cheque especial.

Segundo um levantamento feito pela UpTrend, que considera a inflação projetada para os próximos 12 meses, o juro real brasileiro seria de 6,5% ao ano, a cima da Hungria (6,2%) e da Argentina (4,2%). Mesmo com a redução de ontem na taxa Selic, o Brasil segue sendo o país com a maior taxa real de juros do mundo.

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Taxa Selic em investimentos
(CLICAR)

A redução, que é benéfica para o giro econômico, não é boa para investidores do fundo de renda.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Crânio de "vampiro" é encontrado na itália

Victor Rocha Nascimento

Cientistas italianos encontraram um fóssil pouco comum em meio a uma escavação próxima à cidade de veneza. Se trata de uma caveira do século XVI, com o que se assemelha a uma estaca de tijolo, que atravessa a região bucal e foi aparentemente colocada à força. Segundo estudiosos, isto indica que se acreditava que o cadáver pertencia a um vampiro e teria sido vítima de um ritual de eliminação.

A caveira, que pertencia a uma mulher, foi encontrada no meio de uma escavação de uma antiga vala, onde eram depositadas vitimas da peste bubônica na ilha de Lazzaretto Nuovo, perto de Veneza, nos séculos 16 e 17, epidemia que chegou a matar aproximadamente um terço da população Veneziana.

Matteo Borrini, Da Universidade de Florença, afirma que nesta época, objetos eram postos na boca de supostos vampiros a fim de que estes se alimentassem de cadáveres e animais próximos do seu local de repouso e desta forma não se fortalecerem para atacar humanos vivos. Na época também se acreditava que a peste era causada por vampiros, o que confirma a tese de Borrini, que foi apresentada na 61ª reunião da Academia Americana de Ciências Forenses em Denver, nos Estados Unidos.


Segundo ele, na época os coveiros reabriam constantemente as covas para enterrar os corpos de novas vitimas, desta forma também se certificar de que os corpos não se tratavam de vampiros. Os suspeitos eram caracterizados por "marcas de mastigação" no tecido que envolvia os corpos.

Para o cientista, estas marcas eram causadas por fluidos de sangue que seriam expelidos pelas bocas dos mortos e que fazia com que o tecido afundasse por entre as mandíbulas dos mesmos.

Entretanto, Peer Moore-Jansen, especialista da Universidade Estadual de Wichita, no Kansas, afirma que esta descoberta não pode ser vista como pioneirismo, já que o próprio teria encontrado esqueletos parecidos na Polônia.

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Segundo registros da "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", uma onda de terror motivada por histórias de Vampiros espalhou-se por lugares como Lorena, Prússia, Polônia, Áustria, Rússia, e todo o norte da Europa no século XVIII. Porém, esta superstição não afetou a França nem a Inglaterra, possivelmente pela influência intelectual exercida pelos filósofos desse século. Os jornais na França e na Holanda entre 1693 e 1694, relatavam o aparecimento de "muitos Vampiros na Polônia e sobretudo na Rússia.

sábado, 7 de março de 2009

Possível erro médico termina em óbito.

Victor Rocha Nascimento

Verônica Cristina Rego, 31, morre após cirurgia no lado errado do cérebro. Um erro médico pode ter causado o incidente. Paciente do hospital público Getúlio Vargas, foi operada de forma errada na ultima segunda-feira e acabou não resistindo a uma nova cirurgia.


O responsável pela operação e o chefe da equipe de neurocirurgiões foram rapidamente afastados até que o caso seja resolvido. Se forem considerados responsáveis, poderão ter seus diplomas caçados. Segundo a direção do hospital, os equipamentos estão em perfeito estado e não seriam a causa do erro. A secretaria estadual de saúde promete rigor nas investigações.

A dona de casa sofreu um acidente no domingo passado, quando escorregou na banheira e sofreu um choque no lado esquerdo da cabeça, que resultou em um coágulo. No dia seguinte, ela se apresentou no hospital Getúlio Vargas e foi operada no lado direito equivocadamente. Após três dias, ao receber um telefonema anônimo confessando o erro na operação, Verônica voltou ao hospital e foi operada novamente, desta vez do lado certo, porém, ela não resistiu.

Segundo a irmã da vitima, a família de Verônica permaneceu no hospital durante toda a manhã até que foram informados sobre a morte. Eles prestaram queixa na delegacia e estarão dispostos a acompanhar o caso até o fim.

O corpo de Verônica está no Instituto Médico Legal, no centro do Rio. O enterro ainda está para ser marcado.