quinta-feira, 12 de março de 2009

Taxa Selic volta ao seu menor patamar histórico

Victor Rocha Nascimento

Foi anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a redução de 12,75% para 11,25% da Taxa Selic como resposta para a ameaça de recessão. Este foi seu maior corte desde novembro de 2003.

O Copom chegou à unanimidade e reduziu rapidamente os juros básicos em 1,5%, o que fez com que a Taxa voltasse ao seu menor nível histórico. Ainda assim, as medidas são consideradas um “movimento cauteloso” por analistas, setor produtivo, trabalhadores e lideranças políticas, maiores interessados.

O Banco Central (BC) parte dos juros para controlar a expansão econômica. Quanto maior a redução da Selic, mais viável se torna a obtenção de créditos, o que faz com que os consumidores tenham maior poder de compra. Com mais vendas, a indústria produz mais e assim gera empregos, o que pode reduzir os impactos da crise.

Os principais bancos do país anunciaram redução das taxas máximas de produtos para pessoas física e jurídica logo após o anúncio do Copom. A medida visa repassar a queda da Selic para os clientes do banco que utilizam o empréstimo pessoal parcelado e o cheque especial.

Segundo um levantamento feito pela UpTrend, que considera a inflação projetada para os próximos 12 meses, o juro real brasileiro seria de 6,5% ao ano, a cima da Hungria (6,2%) e da Argentina (4,2%). Mesmo com a redução de ontem na taxa Selic, o Brasil segue sendo o país com a maior taxa real de juros do mundo.

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Taxa Selic em investimentos
(CLICAR)

A redução, que é benéfica para o giro econômico, não é boa para investidores do fundo de renda.

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