sexta-feira, 3 de abril de 2009

Brasil irá emprestar ao FMI, afirma Lula

Victor Rocha Nascimento


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que emprestará dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Desta forma, segundo ele, entrará para a história como primeiro presidente do qual o governo foi capaz deste feito. Esta declaração foi dita ontem, em entrevista após a reunião do G-20 (Grupo dos países desenvolvidos e emergentes).

De acordo com o presidente, o empréstimo já está certo e o Brasil se tornará, pela primeira vez, um credor. Falta apenas decidir com quanto o Brasil irá participar. Porém, é necessária uma análise detalhada do mecanismo para que a ação não chegue a comprometer as reservas nacionais. Segundo o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estava com o presidente Lula na entrevista, o país decidirá nos próximos dias o valor previsto do empréstimo ao FMI.

O empréstimo será feito para contribuir com o projeto do G-20 que destinará um pacote de U$S 1,1 trilhão para os países afetados pela crise financeira. Desse total, U$S 750 bilhões serão destinados a países em desenvolvimento e aos emergentes que sofrem com a falta de crédito. Outros U$S 250 bilhões serão empregados em financiamentos para estimular o comércio exterior. Uma reserva extra, de U$S 100 bilhões, está prevista para socorrer as economias de países mais pobres.

A participação do Brasil neste fundo implicará em um maior poder de veto e voto dentro do FMI. Lula não chegou a comentar isso na entrevista, embora o fato venha sendo discutido dentro do governo.

Países como Japão, China e Canadá já anunciaram os valores de seus empréstimos ao fundo internacional. O Japão disponibilizará U$S 100 bilhões, a China entrará com U$S 40 bilhões e o Canadá com U$S 10 bilhões.

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