quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aos comuns covardes de epidemia

Victor Rocha Nascimento


Fujo é por causa da garoa. Fujo por causa dela.
A realidade coberta de relva. Realidade engraçada. Me intriga que seja tão bela quanto o sonho e tão diferente quanto a sinceridade. Me intriga sua graça e seu ledo. Me alegra sua simplicidade e me divertem suas ironias.
É o sonho que comanda o meu humor e uso a boa-velha realidade como válvula de escape.

Sociedade cretina e displicente que deixou voar o mapa enquanto abaixava para atar os sapatos. Povo azedo, incompleto e hipócrita. Povo burro e confuso. Temo que ainda falte muito ou que já não tenha mais volta.
Covardes da carne!
Não se acham, tampouco escondem os vacilos da verdade.
Covardes! Se debilitam no que julgam e se esquivam da maldade.
Covardes estes que temem e que mentem. Estes que temem mentir por falta de liberdade e por medo de consequencias.
Covardes os que aceitam, os que só se ajeitam, os que comem, vomitam e roubam.
Já passou o tempo de se redimir e crescer; o tempo de ser gente, de virar homem, de se tornar forte e de sofrer.
O tal bicho evoluiu para uma coisa estranha, de pouco sentido e serventia.
É o comodismo pai da bastarda covardia e é ela quem emprenha da maldade.
É fraqueza, carência, silencio e rebeldia. Consentimento e prevenção.
Já virou rotina, já é concreto. É padrão.
Do homem nasceu o covarde e o que resta é regressão.
Bem aventurados os que se perderam no caminho da perfeição. Os que tropeçaram nas margens da sociedade, caíram para fora, não evoluíram para essa fragilidade.
Bem aventurados os que insistem em existir. Os que teimam em viver. Os que lutam para passar.
A estes, é destinada a vida e vida plena. Também destinado o sofrimento e o açoitamento de peças viradas, sem encaixe.
Bem aventurados os retardados, que não se conformam e não se corromperam da realidade. Os que não se acovardam por simples vaidade.
Já se esqueceu o quanto é bom banalizar o amor; de como é bom amar de fato, e amar, amar e amar. Esqueceu o que importa e sobre como se edificar.
O mundo é dominado por almas mortas e corpos podres, sedentos de atenção e carentes de sentido. O mundo evoluiu na inteligência dos covardes, e nós, idiotas (simplesmente), ficamos para trás.

4 comentários:

Anônimo disse...

"É o sonho que comanda o meu humor e uso a boa-velha realidade como válvula de escape." !!!

シモネ - SVMiranda - disse...

Estamos mesmos cercados de convenções e com certeza os ditos idiotas acabam sendo os mais felizes, já que não se abalam com o que já nos vem pronto, certo ou errado.
Lindo!!!
Bjs.

disse...

deletar post eh feio, rei do 1307. aqui é como no xadrez: encostou na peça, nao tem como voltar atras!

Victor Rocha disse...

Botei um texto gigante e saiu menos da metade daquela merda... perdi o texto quase todo, fiquei puto.