terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ratione materiae

Victor Rocha Nascimento

Falam sobre como gira a terra. Como giram os planetas, estrelas e luas. Como gravitam e imprimem forças tremendas criando harmonia perfeita em todo o universo.
Pois vos digo que quem gira sou eu, que nem gravidade sinto ou tenho, vivo a flutuar em minha totalidade imperfeita e confusa, mas incrível e eterna.
Giramos todos e somente nós. Pouco importa como, mas giramos e fazemos com que todo o resto queira nos acompanhar por prazer e necessidade. Carecem do sentido e função que apenas nós podemos dar.
E o centro do mundo nada mais é que um pontinho bêbado e tinhoso, que não consegue achar um lugar para se inquietar e nem casa própria tem. Vive rodopiando por aí, sem rumo, e ai de quem quiser seguir seu rítmo ou girar por seu entorno. Tentamos sempre mandar nas coordenadas do tal pontinho, mas só a loucura de sua própria bebedeira dita onde ele realmente vai ficar.
Mundo maravilhoso esse. Todo exatista, todo certinho, perfeito para nós.
Mundo feito dos numeros, do sumo da exatidão e por isso perfeito em sua beleza . Mas no fim, pouco importa a perfeição das contas. O que deveras conta é a matemática dos amantes e cabe aos poetas, e não aos matemáticos, o dever de tudo contar.
É na alma que se escondem os mistérios e é a imaginação que os faz importantes.
Não somos nada sem nós mesmos e nem o mundo importa algo. Somos patronos de nossos mundos e controlamos tudo que nos envolve, resta apenas podermos nos controlar.
De fato, sou eu quem gira e giramos todos nós.

o melhor de buscar uma peleja textual aos puramente exatístas é que eles vão se defender com números :P

Um comentário:

シモネ - SVMiranda - disse...

É se tivessemos o poder, ou melhor a habilidade de nos entendermos por completo o nosso mundo seria perfeito, ou pelo menos mais claro!
Bjs!!!