segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O fim do primeiro turno revela fatos intrigantes das eleições por todo o país.

Victor Rocha Nascimento

Terminadas as votações do primeiro turno em todo o país, fatos interessantes foram constatados. Candidatos que erraram seus próprios números e outros que usaram de táticas excêntricas para tentar a candidatura tiveram o veredicto de suas tentativas de campanha.


Em geral os candidatos que apostaram em nomes incomuns para suas candidaturas não tiveram sucesso. Seis candidatos, de diferentes municípios se inscreveram nas urnas com o nome de "Bin Laden" e nenhum destes foi eleito. O que chegou mais próximo foi Teófilo Otoni, em Minas Gerais, que obteve 55 votos e o pior entre eles recebeu somente 5. O Candidato de Santo Antônio de Pádua (RJ), que usou o nome "Burro" também não conseguiu ser eleito, recebendo apenas 38 votos.
Deodata Pereira Borges se cadastrou com o nome de "Mamãe" para concorrer ao cargo de vereadora do município de Feira de Santana, na Bahia, filiada ao DEM. Ela foi a candidata registrada com maior idade em todo o país, com 103 anos. Recebendo143 votos, não obteve sucesso em ingressar no novo cargo, onde o candidato eleito de pior colocação foi 3.812 vezes votado.


Alguns nomes ilústres também não tiveram grande sucesso. Gretchen, Rita Cadillac e alguns ex participantes do programa Big Brother Brasil não conseguiram ser eleitos. Porém, o cantor Frank Aguiar (PTB) chegou no segundo turno em São Bernardo do Campo como vice na chapa de Luiz Marinho. O ator Stepan Nercessian (PPS) foi reeleito no Rio. Com 50.532 votos, foi o terceiro mais bem votado e vai ocupar mais uma vez um lugar na camara. A mesma colocação obteve o jogador de futebol Túlio (PMDB), ex-atacante da seleção brasileira, que recebeu 10.401 votos em Goiânia.


O descuido com os números também teve frutos, foi o caso de uma das candidatas a vereadora para o município de Pejuçara, cidade a 360km de Porto Alegre, que se confundiu com os dígitos de sua candidatura. A professora aposentada, Cinara Salles Mioso, de 53 anos, passou toda a fase campanha fazendo a promoção de um numero errado, com dois dígitos trocados. Seu numero correto seria 13.612, porém anunciou por toda a cidade o numero 13.162. A aposentada tentou se redimir correndo atrás de alguma ação da justiça eleitoral, porém não houve nada que pudesse ser feito. A candidata terminou o período de eleição com apenas 6 votos.
Porém, mesmo que improvável, Cinara teria chances de ser eleita com o numero errado. Foi o caso do agricultor João Buzo, candidato a vereador da cidade de Gabriel Monteiro (SP). Buzo a fez toda a campanha eleitoral de forma equivocada. Ele confundiu o tempo e utilizou o numero de candidatura da eleição passada. Mesmo assim recebeu 144 votos, o que o levou a ocupar um lugar na Câmara Municipal. O agricultor ainda teria a chances de arrumar o problema a tempo, no início de agosto, mas faltou na audiência de comprovação de fotos e dados realizada no cartório eleitoral. Por sorte, isso não fez com que sua eleição se perdesse.

No município de Dom Cavati, Minas Gerais, as eleições para prefeito, de foram extraordinária, empataram. Segundo a legislação eleitoral, em caso de empate o candidato mais velho é declarado vencedor. Desta forma, Jair Vieira (DEM), se tornou o novo prefeito da cidade com 1.919 votos, o mesmo numero de Pedro Euzébio Sobrinho, do PT.


A Boca-de-urna também foi um grande problema este ano. Só na cidade de São Paulo mais de 100 pessoas foram detidas por serem flagradas praticando a boca-de-urna ou a panfletagem em período de votações. O Candidato à reeleição em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, Luiz Carlos Ramos (PSDB), foi preso pelo mesmo motivo. Ele foi acusado por apoiar seu chapéu no carro. De acordo com o chefe de fiscalização de propaganda eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Fernando Santa Brígida, o chapéu preto é a marca da campanha do vereador, desta forma ele estaria fazendo menção à mesma ao expor o seu chapéu.
O Vereador alegou que estava apoiando inocentemente seu chapéu no carro quando foi abordado pela juíza eleitoral. Luiz Ramos foi até a 35ª DP de seu município e prestou depoimento, mas não foi detido por muito tempo. Ele foi liberado por volta das 16h30 por não haverem provas como panfletos de propaganda no interior do veículo.
De acordo com o TRE, a pena para propaganda de boca-de-urna é de seis meses a um ano, porém em alguns lugares a forma de punição está se inovando. Em São Leopoldo(RS), por exemplo, dez pessoas foram flagradas na prática da boca-de-urna e tiveram como punição o dever de limpar o quartel da Brigada Militar da cidade. Desta forma, em apenas uma tarde de trabalhos físicos, ficaram quites com a justiça.
Falta pouco para todo o país ter os votos apurados e em 26 de outubro terão inicio as votações para o segundo turno.

2 comentários:

Anônimo disse...

Você falou pra eu não comentar com você na faculdade, então, vou comentar aqui e te deixar feliz.
Bem, a matéria foi interessante, mas você ainda está colocando muita informação e deixando o texto cansativo. Vê se toma um rumo, garoto ! hahaha.
Eu gostei da matéria passada da roda...bastante esclarecedora (y)

Fora isso, você escreve muito bem, eu já te disse isso. Continua assim!Se eu tiver alguma idéia de uma matéria pra você, eu digo (mas eu ainda tenho que pensar na minha...hahaha)

Beijos :*

Anônimo disse...

só faltou falar no cara q morreu no Sul, enquanto votava, tadinho , 77 anos *mimimimi*